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Roubo de carga: 8 dicas para reduzir essa ocorrência

Roubo de carga: 8 dicas para reduzir essa ocorrência

A extensão territorial do Brasil facilita para que o roubo de caminhão aconteça. Pois, é difícil de garantir uma estrutura da vigilância e segurança ao longo de todos os quilômetros de estrada existentes.

Para as transportadoras, é claro que isso traz uma grande preocupação. Afinal, o roubo de caminhão implica em gastos altíssimos para fazer a reposição de frota. Além disso, a perda da carga também significa que não haverá o pagamento do serviço de frete e ainda será necessário ressarcir o cliente pela perda financeira causada.

Além disso, crises financeira como a atual, trazem um aumento na criminalidade. Associadas ao fato de que a pena para roubo de cargas no Brasil é branda, especialmente porque raramente o criminoso é pego em flagrante, fazem com que os índices de roubo de carga hoje sejam frequentes.

De acordo com um levantamento do BSI Supply Chain Services and Solutions, no 1º semestre de 2019 o Brasil liderava ocorrências em roubo de carga na América do Sul com 90% dos casos.

Por fim, situações como essa também podem causar custos trabalhistas e preocupações com o pessoal, já que o motorista está em perigo na maioria das situações de roubo de carga.

Roubo de cargas no Brasil

O cenário do roubo de cargas no Brasil realmente não é positivo para as transportadoras. De 2013 a 2017, o roubo de caminhão só cresceu no país. Para trazer dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, em 2015 foram 19.250 ocorrências, em 2016 foram 24.550 e em 2017 foram 25.950.

Apenas em 2017, o prejuízo financeiro da perda de carga e de veículos chegou a R$1,57 bilhão. Já em 2018, após uma queda de 15% em roubo de carga no país (com 22 mil ocorrências), foram R$1,47 bilhão perdidos em ocorrências deste tipo.

Essa queda de 15% nacionalmente foi devido a uma diminuição de roubo de caminhão no Rio de Janeiro, estado que lidera as estatísticas. Segundo o Instituto de Segurança Pública, os roubos de carga no Rio de Janeiro totalizaram 10.599 casos em 2017 e 9.182 casos em 2018.

De maneira geral, a região Sudeste está à frente de todas as outras em roubo de cargas no Brasil. Apenas nessa região se concentram 84,79% das ocorrências do país, sendo 39,39% em São Paulo e 41,39% no Rio de Janeiro. Em seguida, vemos a região Nordeste com 6,43% dos casos de roubo de carga e o Sul, com 5,69%.

Segundo os dados, a maioria dos casos acontece no perímetro urbano, sendo a Rodovia Anhanguera, a Via Presidente Dutra e a Rodovia Castello Branco as que mais concentram ocorrências de roubo de carga.

Já com relação às mercadorias, os produtos mais visados nesses crimes são os alimentícios, cigarros, eletrodomésticos, combustíveis e farmacêuticos.


8 formas de controlar os riscos do roubo de carga

É claro que nem todo roubo de carga pode ser evitado, mas alguns comportamentos garantem que os riscos sejam reduzidos. Confira quais são eles.

1. Proteja os seus galpões

Você sabia que 13% dos roubos de carga acontecem nos próprios galpões da transportadora? Ao menos é o que diz a consultoria FreightWatch International, na sua pesquisa sobre os padrões de roubo de cargas no Brasil. Por isso, reforçar a sua equipe de segurança (especialmente no período da noite), instalar sistemas de monitoramento por câmeras e rever os critérios de seleção do pessoal que trabalha em funções relativas ao galpão (para evitar vazamento de informações) podem ser boas medidas para reduzir os riscos de roubo de carga hoje.

2. Treine o seu motorista
Existe uma série de comportamentos que podem ser ensinados aos seus motoristas para estarem sempre atentos para um eventual roubo de caminhão. Aqui estão alguns deles:

- Evitar dar caronas, pois podem distrair o motorista dos perigos ou fazer parte de alguma quadrilha de roubo de cargas;

- Evitar falar sobre a carga transportada ou a rota que seguirá para qualquer pessoa que já não tenha esses dados;

- Reconhecer uma blitz falsa na estrada e como reagir a ela;

- Prestar atenção ao cenário ao seu redor durante o trajeto, para detectar perigos com facilidade;

- Comunicar à Polícia Rodoviária Federal suspeitas de veículos ou eventos na estrada;

- Ficar atento na carga e descarga.

3. Atenção às rotas
É importante que o setor de logística adote também condutas para evitar o roubo de carga. Uma delas seria evitar usar estradas alternativas, muito vazias ou sem postos de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, apenas para não pagar pedágios ou acelerar o transporte da carga.

Além disso, pode ser interessante variar as rotas – para confundir qualquer quadrilha que esteja tentando entender o comportamento de transporte da sua empresa. Ou ainda, pesquisar os trechos com maior incidência de roubos, para evitá-los na programação dos fretes.

4. Atenção às paradas
Esse é o momento mais perigoso e onde o roubo de carga tende a ser mais frequente. Visto que atacar um veículo em movimento é mais difícil do que quando ele está parado com pouca vigilância.

Por isso, uma boa medida para evitar esse tipo de situação seria procurar paradas mais movimentadas. Além disso, o motorista deve ser treinado para não deixar a chave na ignição em situação alguma, sempre trancando o veículo em qualquer parada, curta ou de pernoite.

5. Usar escoltas armadas
A contratação desse tipo de serviço pode ser especialmente indicada quando a mercadoria transportada é mais propensa ao roubo de carga, como comidas ou eletrodomésticos, por exemplo.

6. Ter tecnologias  de segurança para redução de riscos
Usar rastreador é algo que pode afastar possíveis roubos de caminhão, já que os criminosos saberão que poderão ser encontrados. Contar com um sistema de alarme em pleno funcionamento também é importante, já que inibe ataques. Além da contratação de seguro de carga que é fundamental para reparar danos no caso de um roubo.

7. Usar o esquema de comboios
Se muitos fretes forem na mesma direção, é interessante irem em comboio, ainda que seja em parte do trajeto. Essa medida simples dificulta a ação de quadrilhas na estrada, tornando a viagem um pouco mais segura.

8. Analise os dados e avalie os riscos antes de cada viagem
É importante pensar se você está submetendo os seus motoristas e caminhões em risco ao pensar a logística da viagem. Por exemplo: se não há uma urgência absoluta, por que fazer a viagem à noite? Afinal, as estradas estão mais escuras e vazias, o que já proporciona uma maior insegurança.

Além disso, é importante olhar para as informações que você tem em mãos:

Onde o roubo de carga é mais frequente, na experiência da sua empresa? Em que horas? Como se dá essa ação? Apenas tendo esses dados você pode saber como evitar possíveis ocorrências e proteger a sua operação.